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auto-explicativa

Sessão da Tarde

Sim, nós sumimos, mas eu pelo menos estou de volta (Natasha está vivendo aventuras muito loucas pela Europa e não sabe quando terá tempo para escrever – Louis Garrel ta na cola dela, sabe). E inicio hoje uma nova categoria de post, Sessão da Tarde. Porque é tempo de férias, um calor desgraçado nesse Rio de Janeiro, ninguém quer ficar tentando entender as citações de Godard ou discutir a profundidade da Trilogia das Cores. Quer dizer, alguém deve querer (pronunciem-se cults fervorosos), mas as autoras deste blog não.

De forma que Sessão da Tarde irá falar sobre aqueles filmes que você gosta, tá, ama, mas não admite na roda cult, guilty pleasure, oh yeah, nós admitimos. Divirta-se conosco com esses filmes sem nenhuma profundidade, mas com muito carisma.

Dirty Dancing – a revolução sexual de uma chatinha.

Clááássico da sessão da tarde. Nunca vou me esquecer da minha infância, as tardes em Inhaúma com a minha tia cantarolando “I’ve had the time of my life…” e suspirando pelo Patrick Swayze. Dirty Dancing é um filme com um complexo roteiro:

 Frances Houseman, conhecida como Baby, está passando férias com a família num resort nos Catskills. Um dia ela descobre onde os funcionários do hotel se divertem e dançam, e acaba se apaixonando por Johnny, o instrutor de dança. Quando a parceira de dança de Johnny fica grávida, ao se envolver com um dos garçons, a parceira de Johnny pede para Baby dançar em seu lugar. Mas o pai de Baby, quando descobre, não aprova, pois considera que Johnny é de outra classe social, e por acusá-lo de engravidar sua parceira. *

Ou seja, se trata do amor superando a luta de classes, o preconceito, a mesquinharia da burguesia, lindo, profundo. É claro, isso se você acredita que Dirty Dancing é uma história de amor com um happy endindg óbvio.

No fundo, no fundo, se você souber ler nas entrelinhas, Dirty Dancing é a história de uma garota chatinha, mimada e metida a madre Teresa que conhece o cara mais gostoso de sua vida(ok, tentei fazer isso soar mais formal, mas não dá, só consigo pensar em expressões daí pra baixo). A partir desse momento, movida pela dinamização da libido e a obstinação de garota mimada que não sossega até ter o que quer, ela começa a se meter na vida dos funcionários do hotel. Como Baby também é muito consciente e acredita que pode mudar o mundo, ela dedide ajudar a dançarina grávida de um escrotinho (e que fique bem claro, a menina só deu pro escrotinho porque estava apaixonada, ela não era uma puta e esse filme também não é machista) porque precisa pegar o gostosinho do Patrick Swayze se comoveu com sua história.

É claro que isso é só uma rasa curva no roteiro para os momentos que realmente importam começarem: Músicas ruins que amamos, muita dança, muito Patrick Swayze sem camisa e cenas que sensibilizam nossa libido – e nos faz entender porque Baby é tão insistente, o que proporciona uma compreensão e simpatia pela personagem.

Depois de mais música grudenta, mais Patrick Swayze, mais dança e um pouco de rejeição, Baby dá a tapa a cara – numa cena que nos tira o fôlego – e consegue o que quer, o corpinho de Patrick. E aí, obviamente, é amor, eterno e profundo.

Ou não, porque o que a minha tia provavelmente não percebeu (mas captou incoscientemente que eu sei que ela não é boba) é que Dirty Dancing não é uma história de amor, mas sim um filme sobre a descoberta sexual de uma garota que era muito chata e precisava encontrar um cara  que a libertasse e lhe desse um pouco mais de…malemolência, digamos assim. É só reparar no início do filme, onde Baby está narrando os acontecimentos como uma época do passado de sua vida, quando ainda era chamada de Baby e achava que seu pai era o melhor cara do mundo, depois disso sua voz some. É muito óbvio que depois de toda dança, toda pegação, toda cena de ser levantada na festa do hotel e de se sentir a garota mais sortuda do mundo que pegou o Patrick Sayze, Baby mandou um, valeu, gatinho, a gente se fala. Não porque se tratou de um caso vazio, mas porque aquilo tinha os seus limites, era um relacionamento que só poderia viver enquanto o que era novo não se tornasse um tédio, restrito ao tempo das férias e das descobertas vindas com essas. Não digo que ela só queria o corpo dele e foi uma coisa superficial, não, não, foi uma descoberta que proporcionou mudanças importantes em outras áreas de sua vida. Baby seguiu sua vida (Johnny, que no fundo era um cara sensível, nós sabemos que também seguiu, mesmo com um coração machucado que foi recuperado e depois morto e resuscitado em Ghost – fiquem atentos, não vamos deixar passar isso), com ótimas lembranças, muita dinamização e menos mimimi. Isso sim, eu chamo de um final feliz e honesto, mas é claro, é o final que você deve ver além do tempo da sessão da tarde, pois só assim é possível compreender a poesia e a beleza de Dirty Dancing – e depois dançar freneticamente igual a uma retardada com seus amigos, como eu faço.

*Fonte: Wikipédia.

escrito por Taís Bravo

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Woody Allen, meu namoradinho.

(a mostra do CCBB me inspirou)

Não sei dizer se Woody Allen é meu cineasta preferido, no entanto, é sem dúvidas, o meu mais querido e também o que conheço melhor a obra. Quando vou assistir a um filme de Allen, não tenho sempre a certeza de que vou assistir ao filme da minha vida (embora isso tenha acontecido mais de uma vez, tenho muitos filmes da minha vida), mas sim sabendo que vou experimentar novamente a indescritível sensação prazerosa que me faz amar o cinema.

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Para mim, todo filme de Woody Allen é uma homenagem ao cinema, porque ali está um homem que dedicou toda sua vida a essa arte, superou seus tramas, problemas e angústias em relação à vida para realizar um trabalho memorável. Além disso, se Truffaut defendia que os cineastas têm espécies de “manias” – que são os elementos que fazem um cinema ser ou não autoral – as manias de Woody Allen me deliciam, porque muitas são também minhas manias. Suas paixões mal resolvidas, auto-ironia, cinismo, as mulheres loucas (um capítulo adorável a parte na obra de Allen), os conflitos existências, as paranóias, são alguns dos traços de Allen com os quais me identifico.

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Woody faz um cinema que entretêm e é profundo, faz seus expectadores rirem e pensar, isso é perfeito. Por mais que sua obra (e talvez sua própria vida) não possua um teor político (o que eu considero importante, mas aí é uma das minhas manias), não se tratam de filmes com temas vazios, pelo contrário, há muita filosofia neles – dessa que você não precisa ter conhecimento teórico para sentir. Seus filmes, para mim, são verdadeiras lições de como lidar com a vida, com os problemas individuais e as grandes dúvidas que todo ser humano tem, tudo isso com humor (majoritariamente).

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Em seus filmes, Allen freqüentemente aborda a amargura da vida, mas (quase) sempre exposta de uma maneira afirmativa que não nos impele a um desespero niilista, mas sim certo conformismo ativo (afinal é “Igual a tudo na vida”, e “Wee need the eggs”) que para mim tem um forte tom existencialista, apesar da angústia há a liberdade e o poder de escolha, o mundo é cheio de injustiças e tristezas, mas ainda podemos fazer algo (“Somos o que fazemos do que fazem de nós” – para eu citar Sartre e me sentir cult).

“Interiores” expressava os meus sentimentos pela vida, que é um nada frio e vazio em que vivemos e que a arte não salva – só um pouco de calor humano ajuda. Isso era uma coisa que eu estava escrevendo didaticamente. Uma porção de idéias minhas, se você juntar todas, vão parecer pessimistas. “Crimes e pecados”, você pode cometer um crime e se safar porque o universo não tem deus. Se você não se policia, então ninguém vai te policiar. Em” A rosa púrpura do Cairo” a minha sensação era, como eu já disse antes, de que você tem de escolher entre a realidade e a fantasia e, claro, é forçado a escolher a realidade, e ela sempre te mata. Em “Interiores” havia muita coisa sobre quanto somos frios e pouco comunicativos uns com os outros, e como a vida é uma coisa aterrorizante, e a morte é aterrorizante, e nada ajuda. É juntar tudo isso [ri baixo] e ver como parece muito sombrio.

Eu gosto muito também das mulheres de suas histórias. Tudo bem que há doses exageradas de paranóia e loucura em algumas delas, mas é comum a arte se apropriar do exagero e não posso negar que Allen mostra essa loucura de um jeito muito charmoso. Eu simplesmente amo todas aquelas diferentes mulheres de Hannah e suas irmãs (o filme que me fez começar a gostar de Woody Allen). Hannah é a irmã perfeita, meio garota tom pastel que me irrita, mas pode ser adorável (me lembra um pouco Vicky de “Vicky Cristina Barcelona”); Lee é um tanto quanto problemática, o tipo de mulher apaixonada, intensa e sensual que Allen gosta de explorar em suas histórias (Cristina de “Vicky Cristina Barcelona”, Amanda de “Igual a tudo na vida”…); Holly é a, perdoem-me a expressão, crazy bitch, completamente desnorteada e com um tendências auto-destrutivas (lembra María Elena de “Vicky Cristina Barcelona” e a Melinda dramática de “Melinda e Melinda”). Todas essas mulheres me fascinaram muito, porque Woody as cria com uma graciosidade incrível, afinal elas o enlouquecem, mas ele as ama. Minha preferida, no entanto, é sempre a Diane Keaton, ela por si só é maravilhosa, tem uma beleza particular que me encanta, além disso, nenhuma personagem, para mim, tem mais carisma que Annie Hall. Confesso que não gosto tanto da Mia Farrow, mas sua personagem em “Crimes e Pecados” é outra que ganhou minha admiração, workaholic, fria, absurdamente sarcástica e inteligente, não tem como não se apaixonar.  Acho que concordo com a maneira que Woody Allen compõe os tipos humanos, não sei se é certo ou realista, mas é bem similar com a maneira com que eu vejo as pessoas também.

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Dá pra escrever qualquer coisa para a Mia. Ela é uma atriz desse tipo. É mais uma atriz clássica, mas é capaz de fazer uma cantora barata e uma mãe dramática. A [Diane] Keaton também é capaz disso, em grande medida. Mas a Keaton tem um certo tipo de personalidade muito, muito espetacular, e é muito agradável na tela. O pró dessa personalidade é que é um dote único, tremendo. E o contra – e não acho que seja um contra tão grande assim – é que nem sempre é fácil perder essa personalidade é quando você quer mergulhar num personagem. Mas ela sempre foi muito boa nisso. Ela também tem um amplo alcance.

Woody Allen é um marco na história do cinema, pela sua originalidade, pelo tom único que tem sua obra e por mostrar o quanto o humor pode ser sério e profundo. As manias de Allen tornam seu cinema autoral, mais do que isso, nos dão a sensação de visitar um velho amigo inteligente, engraçado e paranóico (de vez em quando mais depressivo e pessimista que o normal) a cada filme assistido.

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Não é à toa que eu já sonhei que a gente namorava e andava de mãozinhas dadas em Botafogo (foi só isso tá, não venham com suas mentes maliciosas para cima de mim).

Quando eu era menino, sempre corria para o cinema em busca de um escape – às vezes doze ou catorze filmes por semana. E, adulto, consegui viver a minha vida de forma um tanto autocomplacente. Consigo fazer os filmes que quero, e então, durante um ano, posso viver naquele mundo irreal de mulheres bonitas e homens interessantes, situações dramáticas, figurinos, cenários e realidade manipulada. Sem falar em toda a maravilhosa música e em todos os lugares aonde me levou. [Ri.] Ah, e às vezes eu consigo sair com uma das atrizes. O que poderia ser melhor? Escapei para uma vida no cinema do outro lado da câmera, mais que para o lado da platéia. [Faz uma pausa.] É irônico eu fazer filmes escapistas, mas não é o público que escapa – sou eu.

(trechos em Itálico foram retirados do livro ‘Conversas com Woody Allen” de Eric Lax)

Escrito por Taís Bravo

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Histórias de Amor Duram Apenas 90 Minutos – Parte 2

Eu tenho uma mania: assim que acabo de ver um filme vou logo pesquisar sobre ele. Gosto disso porque é uma maneira de descobrir mil informações que passam batidas ao se assistir só uma vez uma produção. Filmes falam muito mais do que imaginamos.

Com “Histórias de amor duram apenas 90 minutos” não foi assim. Não que eu não tenha ido pesquisar sobre ele (mania é mania), mas não senti tanta necessidade de fazer isso – ao sair da sala de cinema, senti ter compreendido quase tudo.

Paulo Halm conseguiu realizar um filme sobre uma geração com uma clareza e precisão admiráveis. As locações, a fotografia, a câmera, os personagens, tudo se encaixa e provoca identificação no espectador. É difícil ser carioca e não reconhecer as ruas do Centro e a praia de Ipanema, mas mais difícil ainda é ser apresentado aos personagens e não sentir já tê-los conhecido.

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Não sei quanto à maioria dos leitores do blog, mas eu conheço algumas Júlias – mulheres lindas, inteligentes, decididas e frias aos olhos de muitos, mas capazes de largar uma bolsa de estudos dos sonhos em Paris por amar um homem. Também já encontrei Caróis, espontâneas, divertidas, liberais e absolutamente inconseqüentes. Sem falar na galera “cool”, onde há espaço para sexo, drogas, rock’n’roll, samba e poesia. E o Zeca. Pois é. Ele não é o personagem principal desse filme por acaso – ele é a geração inteira que Paulo Halm deseja retratar.

Zeca tem 30 anos e vive como adolescente. Não tem emprego, perspectivas ou confiança no seu talento, passa os dias fumando, bebendo, lendo e fingindo escrever. Zeca é um escritor que não escreve, um projeto estagnado, uma farsa. E ele sabe disso, mas não sabe o que fazer para mudar sua vida. As coisas acontecem na sua frente e ele não consegue controlá-las. E isso o angustia.

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Em uma entrevista, o diretor e roteirista de “Histórias…” disse:

“O filme é sobre a geração que, apesar de ter talento, nunca decola. São escritores que escrevem e não publicam, cineastas que não filmam, compositores que não gravam…”

É exatamente isso que vemos na tela. Através de conflitos internos, triângulos amorosos, crises existenciais, problemas familiares, paixões e outras pequenas trivialidades tão presentes e importantes em nossas vidas, Paulo Halm fez um ótimo filme, além de ser muito atual. Vejam, seja para se identificar ou só para conferir o funk do Baudelaire (g-e-n-i-a-l).

Escrito por Natasha Ísis

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Resenhas instantâneas – Festival do Rio – Histórias de Amor Duram Apenas 90 Minutos

Histórias de amor duram apenas 90 minutos. Dos muitos filmes bons que vi esse ano, acho que nenhum me atingiu com tamanha identificação quanto este. É difícil até começar a escrever sobre, porque é tanto que eu quero dizer – e isso sem cair em um tom muito pessoal desnecessário. Mas vamos lá, enfrentar esse desafio – abordado no filme – que é escrever.

 ” Histórias de Amor Duram Apenas 90 Minutos” trata de um dilema comum, desde que a adolescência se tornou naturalizada na sociedade ocidental, o dilema de torna-se adulto, assumir responsabilidades, fazer escolhas, exercer um ofício, criar-se como homem. Não se trata de um tema inovador, há alguns livros e filmes que falam exatamente sobre isto. O inovador é o cenário e a honestidade com que esse é retratado.

  Zeca, vivido por (suspiros) Caio Blat, é um carioca de trinta anos que tenta ser escritor, que é escritor, mas não consegue concluir seu romance – um escritor sem obra, uma piada bastante comum. A trama se inicia retratando sua agonia que a partir de seu bloqueio criativo, sofre com a pressão de seu pai e sua mulher para voltar a escrever (já que ele não faz nada além disso, e passa seus dias ao léu). Ele, então, resignado de sua capacidade para ser um escritor, anda pelas ruas do Centro do Rio de Janeiro – nos dando belíssimas imagens – pois, como diz, adora caminhar por aí, sem direção. E é assim que Zeca segue sua própria vida, passeando, sem muito sentido, perdendo-se dentro de sua imaginação e da história que ele mesmo cria, narra e vivi.

  O diretor usa o cenário do Rio de Janeiro jovem-alternativo-onde-todo-mundo-samba-e-ama-baudelaire brilhantemente, e sem parecer forçado expõe elementos que eu vejo a todo momento. Eu poderia dizer que é um retrato de uma geração, mas não gosto desse tipo de definição, então, prefiro dizer que é uma interpretação honesta e criativa desses jovens – que como eu – amam arte, tem seus ideais, seus sonhos, mas talvez por uma falta de objetividade, perdem tudo pelos ares.

  Sem dúvida, “Histórias de Amor…”, é o filme que eu queria ver. O filme que eu vi em lugares que freqüento, em amigos, em conversas, nos meus pais, em mim mesma. Senti naquela tela meu próprio drama e saí eufórica com minha penosa dádiva, assim mesmo, nessa ambigüidade onde a verdade se resguarda.

   O drama de Zeca é que ele não encontra um sentido para sua vida, é escritor, mas não escreve, vive entediado, como diz,“minha vida é um saco não acontece nada”, então, com toda sua imaginação, recria tudo, confunde tudo, inventa tramas, mas é traído pela realidade, histórias de amor não duram mais que 90 minutos. Zeca é um menino mimado, criado em uma família de classe média alta, teve boa educação e foi iniciado a uma vida cultural, mas como filho único, sofrendo a pressão de ser alguém e sem saber muito bem agir sozinho, imobiliza-se com a impossibilidade de escolher, de ser responsável, e refugia-se em suas mulheres, em seus amores – seus escritores preferidos são suicidas, que se mataram por causa do amor – e assim, com todo charme cedido por Caio Blat, que é um tremendo anti-herói que às vezes caí no ridículo, desses tão presentes na vida. No meio de sua crise, Zeca pergunta “O que eu faço da minha vida, pai?”, e chora, e relembra sua infância, sua história, sem entender muito bem como havia chegado ali. Para mim, foi impossível não me identificar com Zeca, e não ver aquela pergunta ao pai estampada na angústia de tantos amigos meus.

  Além disso, “Histórias de Amor…” trata também da “Revolução sexual” deixando implícito um triângulo amoroso, um caso lésbico (nunca confirmado, que para mim existe muito mais na imaginação de Zeca do que na realidade), entre outras inovações já banalizadas em nossa geração.

  Um filme com uma história séria, cenas cômicas, leveza e profundidade, tudo de maneira honesta e despretensiosa. Sei lá mais o que falar…

  É um puta filme. Muito bom ver um filme nacional com essa maturidade, essa beleza e essa temática existencial (o diretor tem um pé grande na Nouvelle Vague – incluindo uma cena-homenagem a “Acossado” que eu amei – e trabalha com essa influência de maneira muito inteligente, sem perder a característica brasileira e carioca do filme, mas ainda assim o tornando universal, devido à trama.) Assistam, comentem, divulguem, vamos prestigiar o cinema nacional verdadeiramente bom (e deixar que os salafrários com patrocínios e falta de talento sejam esquecidos pelo tempo – e sim, isso é, de novo, uma alfinetada para “Apenas o Fim” =D).

PS: O filma não está mais em cartaz no Festival, mas acredito que deve entrar no circuito, tem que entrar.

Escrito por Taís Bravo

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Turbulência

Hoje, as autoras deste blog, finalmente, conseguiram ver juntas um filme no Festival do Rio. Foram assistir “Histórias de Amor Duram Apenas 90 minutos”, amaram o filme, saíram eufóricas, falando como tinha sido o melhor filme do festival até agora, eis que, de repente, deram de cara com ele, Caio Blat…Não se recuperaram até agora. (Taís ainda está pensando no sorrisinho que ele lhe deu e Natasha vem apresentando uma mudez temporária, combinada a movimentos negativos com a cabeça).

Em breve mais notícias

beijos.

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